No começo do ano Paula pediu a nós, integrantes do CLube dos Impulsionadores, que escolhessemos uma frase para colocar no documento de apresentação que ela faria de todos nós.

Pensei um pouco tentando achar uma frase que fosse bem bonita de algum dos mestres que admiro.

Algumas vieram, mas não eram exatamente o que eu queria colocar ali.

Então uma brotou no meu coração “do nada”:

Eu sabia que ela tinha conexão com as minhas raízes desconhecidas e aceitação da minha história para crescer, mas não tinha dimensão do que me aguardava em 2024.

A vida esse ano foi me trazendo tanta coisa que eu parecia que não iria das conta de processar.

Mas eu me orgulho do tanto de SIM que eu disse para os convites da vida.

Entrei no Clube e vi que a Dri estava estava lá logo pensei: que mágico isso! Foi justamente ela quem me falou da Paula há séculos atrás.

Ah o Clube… Meus olhos estão cheios de lágrimas aqui escrevendo.

Durante todo o ano o Clube esteve comigo, me sustentando para que eu ainda pudesse ir compreendendo o que eram as raízes e muito além delas.

Para não correr o risco de esquecer alguém dos mais de 160 que me presentearam com tantas riquezas, vou citar uma que representa nós todos:

Valéria Oliveira, que me ajudou a me reconectar com as orações, com o alto e nesse vídeo mais abaixo ela me relembrou que tudo o Deus faz nesse mundo é bom.

Eu não gosto de palavras vazias, de quem fala bonito por falar.

Preciso sentir no coração que é verdade e foi o que senti ao ouvir Valéria falando:

– lembre-se que Deus criou tudo o que é mais belo inclusive eu e você e no final Ele disse que era bom.

boas-vindas

Por falar em sentir verdade nas palavras em um dos atendimentos Paula me disse:

– Você não estragou a vida da sua mãe, você é bem-vinda.

Lembro bem que anotei essa frase no meu caderno chorando com a força da verdade e do carinho que eu senti nas palavras dela.

As lágrimas vem de novo ao escrever aqui ainda mais agora depois que a vi pessoalmente e contei o quando essa frase mudou a minha vida.

Essas palavras entraram no meu coração como uma flecha certeira.

Ah quanto eu tive que caminhar pra chegar até elas…

O café (com broa)

No dia 7 de Novembro Paula me manda uma msg dizendo que estaria em Barbacena em Dezembro e se eu desse um pulo por lá poderíamos tomar um café.

Mas eu nem pensei 2x.

É claro que eu estaria nesse café!

Se tem uma coisa que Deus me ensinou é que se Ele planta um sonho no meu coração só me cabe confiar e dar o passo porque o caminho vai aparecendo.

Falei com meu companheiro de aventuras:

– Vamos a Barbacena ver a Paula!

Ele riu e concordou.

Acho que a “essa altura do campeonato” ele já sabe que eu sou desse jeito e tenho umas ideias bem “do nada”, mas no fim tudo dá certo!

Tinha que ser em Barbacena. Só poderia ser lá.

E, como foi a Dri, que me aprensentou a Paula há uns séculos atrás tinha que ser em café!

Aqui cabe uma nota bem curiosa que é: sempre vi pessoas sentadas nos cafés e pensava que bonito era, algumas escrevendo, outras conversando… era um ambiente que eu achava mágico, mas admirava de longe, nunca havia entrado em um.

Pensava que era algo “chique” demais pra mim.

Parecia que Paula sabia bem o que estava fazendo porque ela foi marcar bem perto da Praça do Globo.

Exatamente onde eu passava com meus pais quando pequena e pegava o ônibus para ir para a casa da minha avó em Antônio Carlos.

O meu coração já estava explodindo de felicidade sem nem ver ela ainda.

Que felicidade voltar lá porque eu quis.

Minha história com Barbacena sempre foi de amor e ódio (muito mais ódio na maior parte da minha vida) por causa do começo de tudo.

Desde o pouco que sei sobre o meu nascimento, a falta de informações sobre o meu pai biológico, a ida pro RJ com dias de nascida e que me rendeu o sotaque que tenho hoje, o encontro inesperado com a minha mãe biológica quando eu era pequena, meus enjoos todas as vezes que ía pra lá…

Tanta coisa!

Quando disse sim ao café eu senti que era uma chance de plantar novas lembranças na minha história com Barbacena.

E lá fui eu como Bilbo de O Hobbit! Para a aventura!

Meu companheiro me acompanhou até a porta e nós duas ficamos no café Krambek conversando como se nos conhecêssemos há uns 2000 anos.

Gosto de pensar que ao abraçar Paula, simbolicamente, abracei todos os que iluminaram o caminho pra eu ver melhor e me ajudaram até chegar aqui.

Foram tantas coisas que conversamos!

Tudo o que lembro está no meu caderno guardado entre os outros tesouros que fui coletando.

Uma das falar dela que mais me chamou atenção foi que a sombra da minha terra é a loucura e a luz são as rosas.

Meu Deus…

pra achar as rosas eu teria que mergulhar e passar pela loucura.

Quem é que poderia mergulhar comigo nas sombras assim pra conseguir encontrar a luz?

Sim, tinha que ser uma escorpiana.

A pisciana aqui até entende um pouco de mergulhos, mas é impossível deixar de dar o crédito ao ascendente em áries.

O áries que me dá coragem para dizer sim para a vida quando muitas vezes peixes queria só ficar mergulhado em suas águas.

O áries que me dá a força pra vencer e quebrar as correntes que me prendem.

Não sei o quanto mergulhamos naquela mesa, mas teve um temporal durante o tempo que estávamos ali.

Daqueles que fazem uma barulheira no telhado! haha

Em um dos atendimentos ela disse que essa carta era bem como o meu nascimento.

Parece que foi bem o que teve na cidade enquanto estávamos lá conversando.

Não é de hoje que ouço alguém falando que eu levo chuva onde vou. hahaha

Nesse dia, especificamente, a conclusão a que cheguei é que era tanta água (emoções) que eu precisava processar que houve um transbordar das águas e Barbacena me ajudou.

Eu aceitei que tem respostas que eu nunca terei sobre a minha história, mas vejo que isso não é tão incomum assim.

Todos nós, no fundo, estamos aqui buscando respostas de alguma maneira.

Toda a raiva que me ligava às minhas raízes se foi com as águas.

Ah, mas não foi só o café… É óbvio que tinha que ter uma broa.

Não qualquer uma!

Uma broa como a que minha avó, minha mãe e minha tia faziam.

voltando para casa.

Eu sabia que Paula levaria meu livro. Eu tinha certeza!

Ela me entregou seu livro 7 (como o dia do convite para o café) em mãos como quem entrega um tesouro e foi exatamente assim que eu recebi.

Voltei para casa lendo o livro.

O que não chorei no café chorei no ônibus. Mais águas.

E as surpresas não acabaram.

Me deparo com ele nas páginas, o ariano Ayrton Senna, o rei das chuvas.

É claro que choveu na estrada na volta pra casa.

Pra quem tem olhos pra ver e coração aberto para receber tudo é sinal.

A corrida (a luta) sempre foi só contra mim mesma.

E eu venci, Ayrton.

Eu venci.

queridas raízes,

Peço emprestadas as palavras de Jon Nash à esposa e as coloco aqui em referência para às minhas raízes:

Sempre acreditei nos números, nas equações e na lógica que leva à razão.
E após uma vida toda de buscas, pergunto: o que realmente é a lógica?
Quem decide a razão?
Minha procura me levou através do físico, do metafísico, do ilusório e de volta.
E fiz a descoberta mais importante da minha carreira.
A descoberta mais importante da minha vida. É somente nas misteriosas equações do amor que qualquer lógica ou razão pode ser encontrada.
Só estou aqui esta noite por sua causa.
Você é a razão de eu existir.
Você é todas as minhas razões.

maior.

A única música possível para encerrar esse post é essa.

Victor, Adriana Souza, Paula Quintão, Arly Cravo e Paola Mingardo, os 5 que me acompanharam esse ano.

Nessas misteriosas raízes que tenho vocês iluminaram o caminho para eu descobrir mais do que suficiente para seguir firme descobrindo e me encantando mais e mais pela vida.

Eu sou maior do que era antes
Estou melhor do que era ontem
Eu sou filho do mistério e do silêncio
Somente o tempo vai me revelar quem sou.

Gratidão a todos.

Com todo o amor que há no meu coração,

Viviane de Oliveira Castro ✨