
Comentei sobre as rosas da vovó Bidinha em um post da Paula e isso mexeu comigo a ponto de render esse post aqui no blog.
Eu escrevi para ela, escrevi no meu caderno e escrevo, novamente, aqui:
Rosas sempre me lembram minha avó e a casa dela em Minas onde havia uma linda roseira.
Após a passagem dela a casa foi “acabando” porque não íamos lá, doía demais voltar.
No dia que fomos lá resolver a venda da casa já bem destruída pelo tempo duas coisas continuavam intactas: a roseira e os santinhos dela na cristaleira dentre eles uma imagem de Santa Luzia, protetora dos olhos.
O divino sempre permanece.
Acordei hoje com a certeza absoluta que, sim, o divino permanece.
Eu já tive essa sensação algumas vezes, mas nunca foi tão óbvio.
As rosas da vovó vieram me lembrar de que a nossa essência sempre estará presente ainda que o cenário aos nossos olhos esteja destruído.
Eu lembro como se fosse hoje a dor que senti ao ver a casa caindo aos pedaços, os móveis desgastados, o mato tomando conta de tudo…
Mas também lembro com tanto carinho do que resistiu ali no meio: a roseira da minha avó (e símbolo da cidade onde nasci, Barbacena) e os santinhos dela todos no mesmo lugar.
O mesmo já aconteceu comigo quando tantas vezes me vi em situações onde tudo parecia estar destruído, sem vida, sem salvação e, logo, depois algo me ajudava a recuperar a fé.
Alguns ciclos terminam, mas outros começam.
Continuamos caminhando pela vida e às vezes parece que perdemos algo em nós.
É quando nos distanciamos da nossa verdade.
Mas, com os olhos do afeto e da compaixão, podemos perceber que apesar de tantas coisas que nos feriram na caminhada e de algumas cicatrizes, há uma luz em nós que não se apaga.
Por mais que as vezes ela pareça estar bem fraquinha.
Ela continua ali.
Ela sempre continua.
A nossa conexão com o divino jamais se rompe.
As rosas e os santinhos da vovó me lembraram disso e espero que elas tenham te lembrem também.
Com amor,
Viviane