Não precisa ser uma data especial.
Não precisa ser aniversário, natal, dia dos finados, dia das mães…
Numa tarde qualquer, sorrateiramente, ela chega.
Tudo começa com uma pequenina lembrança e sem percebermos, com a saudade, chegam também as lágrimas e aquele aperto no peito.
A saudade não marca um horário na agenda.

Seja um dia comum ou uma data comemorativa ela chega de mansinho.
Aquela sensação de que falta algo ou, melhor, alguém.
Por mais espiritualizados ou racionais que possamos ser, vez ou outra a saudade nos invade e não temos como mandá-la embora sem antes acolher a dor que ela traz.
Tentar fugir não vai adiantar.
Melhor sentir. Chorar.
É melhor deixar o coração nos lembrar dos que não estão mais conosco, nesse mundo, mas que sempre estarão conosco em nossas lembranças tão especiais.
O nosso choro não é sinal de fraqueza, é apenas uma forma de expressarmos a dor da ausência daqueles que amamos.
Ainda que se passem 10, 20, 30 anos… quando o choro vem é porque há algo que precisa de passagem pra se curar.
Quantas vezes já ouvimos que a dor do luto uma hora passa não é?
Eu acredito que essa dor pode até diminuir muito e vivermos bem com ela, mas curá-la 100% não sei dizer.
Há 4 anos minha mãe partiu e muitas vezes eu ainda choro de saudade.
Não é o choro clássico no meu aniversário, dia das mães ou no natal…
É um choro que vem em uma tarde de terça feira sem mais nem menos.
Quando eu acerto uma receita e penso que ela iria gostar de provar.
Ou quando eu queria só deitar no colo dela mais uma vez enquanto ela rezava o terço.
É quando eu consigo realizar um sonho e não posso dar um abraço nela pra comemorar.
As coisas simples é que me dão saudade.
E esse é um post pra nos lembrar que isso é normal.
Todos nós temos dias assim.
É o “preço” que pagamos por termos a oportunidade de vivenciar lindas lembranças com aqueles que amamos e que, por agora, não conseguimos acessar.
E pra quem acredita esse é um lembrete também de que um dia conseguiremos novamente.