
A pergunta que não quer calar hoje na minha cabeça é: pra que tanta explicação?
Na época da escola tinha aquelas perguntas diretas cuja resposta a gente tinha certeza que ou era sim ou não, mas, logo em seguida tinha a bendita continuação da questão: justifique a sua resposta…
Será que foi nessa época que nós estávamos sendo roboticamente moldados para ficar justificando tudo pra todos?
Estou brincando, é claro.
Já repararam no quanto é cômico como a gente ainda se surpreende tentando se justificar para as pessoas (principalmente, para as pessoas que nem merecem nossas justificativas)?
De onde vem e pra que tanta explicação para todos?
E tem sempre as pessoas invasivas e dramáticas que não aceitam um simples não como as nossas questões das provas…
Vamos refletir sobre como seria mais leve um diálogo sem floreios onde uma resposta direta fosse dada e a outra pessoa não se ferisse com isso.
Mas não vale só para o outro, mas pra nós também. Principalmente o “não”.
Se nós queremos que os outros respeitem as nossas decisões, nós temos que fazer o mesmo e começar a ver as pessoas como pessoas únicas e não como seres que estão aqui pra fazer o que a gente gostaria que elas fizessem.
Dói ouvir um não quando a gente está conectado com o Ego que quer porque quer alguma coisa, mas quando a gente realmente para pra pensar o não é libertador tanto pra nós quanto para os outros.
E o “não” do outro não é pessoal… essa é uma parte importantíssima. O “não” do outro é dele e eu vou dar um exemplo sobre isso:
Vamos imaginar uma situação simples. Um almoço de família.
Quantos de nós simplesmente não gostaríamos de ir naquele dia em específico, mas fomos porque sabíamos que um simples “não” iria ser um gatilho pra drama e cobranças?
E nós nem tínhamos nada contra ninguém, era só uma vontade de ficar em casa mesmo comendo pipoca e assistindo uma série…
A parte da família por parte de mãe nunca teve muito isso porque nós somos poucas pessoas e vivemos sempre muito unidos e essa coisa de escolha nunca nem teve necessidade porque quando a gente se reunia era sempre uma grande alegria.
Já a parte da família do meu pai, como moram em outro Estado eu tinha um contato bem reduzido e menos afinidade e contato ao longo da vida. No início até acho que deveriam cobrar visitas, mas depois foram vendo o meu jeito e entenderam que eu sou mais na minha mesmo.
Essa liberdade de poder fazer o que quero seguindo sempre a minha intuição tem se tornado cada vez mais frequente na minha vida e a necessidade de me justificar, principalmente pra quem não merece, porque eu vejo de um modo muito mais nítido quem me respeita e quem quer só tentar me manipular com dramas e chantagens emocionais, por exemplo.
Uma resposta
Acho que a justificativa já vem lá da infância como menina. Onde vai? Onde foi? Por qual motivo fez? Quando volta? Com meninos nunca vi tanta justificativa. Na adolescência fica quase mais evidente. Eu e meu namorado volta e meia debatemos sobre isso, da minha necessidade de ter que explicar tudo, sendo que na verdade ninguém está exigindo nada de mim.
Esse tema é muito interessante… adorei o post, Nane!
Abraços