
Escrevo hoje para linkar procrastinação e autoestima intelectual em uma reflexão sobre como isso nos afeta em colocar o que já sabemos no mundo.
Vivemos em uma época onde o acesso a informação é absurdamente rápido e rápido para muitos de nós que temos o privilegio de poder ter internet.
Como diziam os meus pais “quando eu estudava não tinha essa facilidade toda não” e as pesquisas que eu fazia, por exemplo, eram todas feitas a partir de livros físicos e eu tinha que copiar tudo com uma caneta.
Hoje ainda fico fascinada de como tudo que nós pensamos em pesquisar vem tão fácil às nossas mãos.
Bastam 2 ou 3 cliques e pronto: achamos milhares de livros, revistas, artigos, cursos, especialistas em diversas coisas oferecendo o melhor para tentar nos ajudar em qualquer tema e aí cabe sempre uma boa pesquisa pra não acabar caindo nesses especialistas em assuntos complexos e com fontes beeem duvidosas.
Cursos dos mais variados tipos e valores e sem falar da quantidade incalculável de conteúdo gratuito.
Tem pra todos os gostos. Isso é um fato.
E muitas vezes nós ficamos até nos sentindo meio perdidos como quem vai ao supermercado escolhendo o que vamos comprar afinal são tanta as opções disponíveis…
Observando.
Absorvendo.
Aprendendo.
Nos esforçando na tentativa de ser a “nossa versão” ou pelos menos buscando (na teoria) essa tal melhor versão…
E cá entre nós a teoria é mesmo fascinante e de fato nos ajuda a ter pistas de onde ir, mas nem o conhecimento que fica dentro da nossa mente isolado ocupando espaço, nem nossos diplomas na parede e nem os nossos mentores podem fazer o trabalho por nós.
Nós é que temos que caminhar e o próprio verbo já implica em ação, nos mover, sair do lugar…
Sair das telas, dos livros, das asas dos mentores e ir pra vida colocando em prática o que nossa mente já aprendeu e é exatamente nessa hora que muitos de nós travamos.
Será que estou mesmo pronta???
Talvez eu devesse fazer mais um curso, só mais um… ou ler aquele livro, ou assistis a uma palestra!
Qual é o momento certo para começar a agir?
Quando estamos realmente prontos?
Será que esta busca incansável e interminável pelo conhecimento não esconde o nosso medo de ir para a prática? Medo de cometer os tão temidos erros no percurso?
Perguntas e mais perguntas…
Mas de uma coisa eu sei:
nós estamos prontos para viver o hoje, mesmo que a gente ache que não e sobre o amanhã saberemos amanhã.
Mas e você?
Também sobre com essa ligação entre procrastinação e autoestima intelectual?
Tem dificuldades de já por no mundo os seus conhecimentos?