Foi na faculdade de Pedagogia que uma das professoras me fez questionar sobre ter déficit de atenção em algum nível.

A zoação dos meus colegas sobre eu estar sempre no mundo da lua sempre existiu.

Meu jeito de prestar atenção e aprender algumas coisas é um tanto diferente desde sempre e isso incluía detestar as aulas mais “sem fazer nada” na escola desde pequena porque eu ficava literalmente perdida.

Se eu só escutar uma conversa ou uma aula que não me interessa o meu pensamento foge.

Imagine então o meu martírio em palestras!

Na escola alguns professores me chamavam a atenção quando eu estava de cabeça baixa escrevendo algo enquanto eles falavam sem parar lá na frente, na faculdade idem.

Mal eles sabiam que eu estava ali tentando registrar algo pra me lembrar do que era a tal aula e se eu focasse só na fala deles eu não iria me lembraria de nada depois.

Pra fazer provas ler só nunca era o suficiente também, eu precisava fazer meus resumos pra eu entender que estava participando de modo ativo naquele processo e não só recebendo algo pronto mesmo que de um livro.

Na vida fora das salas de aula eu também sou assim.

Pra conversar com alguém eu coloco o máximo da minha atenção e dedicação.

Pra mim é muito difícil quando eu preciso dar conta de conversar com várias pessoas ao mesmo tempo.

Quando estou com várias pessoas eu fico perdida na maioria das vezes e na minha cabeça parece que tão falando que nem o Galvão Bueno em uma final de copa do mundo e eu sempre, sempre mesmo, saio dessas reuniões com dor de cabeça e com a sensação de que estou com uns 200 quilos a mais.

Eu poderia citar algumas das possíveis causas:

• o fato de eu ser empata/PAS (pessoa altamente sensível)
• por ser introvertida
• pelo tal TDAH que eu nem sei se de fato eu tenho?
• falta de foco para alguma coisas (muitas, na verdade)
• ou até colocar a culpa na astrologia e na minha Lua em Gêmeos?

Sei lá a resposta…

Mas nem tudo tem seu lado ruim.

A facilidade pra me desligar das coisas chatas é bem interessante e cômoda, por exemplo.

Eu nunca fui diagnosticada com tdah de fato, foi só uma “conversinha” com uma psicóloga que era minha professora.

Um dia, quem sabe, eu descubro.