Eu sou Viviane

Pisciana com ascendente em Áries e Lua em Gêmeos apaixonada por aprender e compartilhar minhas coletas.

Sou Terapeuta, Pedagoga e Artesã e ajudo na reconstrução de pontes com a voz do coração e da intuição.

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Amar a solitude

Não faz muito tempo que eu nem imaginava o que significava amar a solitude. Na verdade eu nem sequer sabia o que era solitude…

Vamos para historinha de hoje.

Eu tive um professor da filosofia na faculdade que falava a seguinte frase “eu me basto”.

Por anos eu achei que isso era muita arrogância da parte dele julgando sem pensar. Até que um dia comecei a interpretar isso de um modo diferente.

O eu me basto virou uma bonita alusão ao prazer da própria companhia sem ter a necessidade do outro para se sentir inteiro e foi aí que eu me encantei.

Pra mim faz muito sentido analisar por esse ângulo onde nós podemos ser inteiros conosco e ter pessoas não como muletas ou como um pedaço que nos falta, mas como outras inteiras também que convivem lindamente sem dependência.

Desde que eu comecei a ter uma vida mais reclusa e amar a solitude muito antes mesmo da pandemia eu sempre me questionava se estava errada por não querer sair muito como as pessoas da minha idade adoram fazer e me julgavam por eu não gostar.

Até que chegou um dia em que eu simplesmente aceitei que o meu jeito era assim. Eu gostava de sair sim, mas do meu jeito e não para lugares cheios com música alta e bebida, por exemplo.

Não é errado ser o tipo que gosta dessas coisas, mas definitivamente não é o meu tipo.

Eu gosto de ficar sozinha, muito mesmo. Aliás, sozinha não, hoje eu sei que eu gosto de ficar comigo mesma. Gostar tornou-se até uma palavra fraca, a melhor seria: amar.

Ah e, sim, eu pago um alto preço por isso: os julgamentos.

Tem dias que eu estou mais disposta a socializar e a falar pelos cotovelos, outros não e tudo bem.

Eu não me forço mais e a maioria das pessoas que eu amo já sabem como eu sou e respeitam.

As vezes eu me pergunto se as pessoas como eu começassem a exigir que os outros ficassem mais em casa dando palestrinhas do quão bom é sentar no sofá num sábado a noite e assistir um filme sozinhos como seria…

Viraríamos fanáticos tentando defender o nosso lado da história e ditando regras sobre a nossa verdade?

Parece tão ridículo tentar impor a nossa forma de viver a vida para quem ama sair pra se divertir.

Por que será que não podem respeitar o nosso jeito mais tranquilo?

Não podem aceitar que é possível sermos felizes sendo mais introvertidos?

Será que é tão difícil assim entender que a gente pode amar as outras pessoas sem necessariamente depender da presença delas para que esse amor exista?

Eu não preciso provar que amar a solitude me faz muito bem, mas parece que isso incomoda demais.

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